Talvez a característica mais peculiar da economia de Ludwig von Mises seja sua insistência em fazer uma abordagem apriorística - ou seja, dedutiva. Para Mises, as "leis" econômicas devem ser logicamente deduzidas de axiomas anteriores, de modo que - assumindo que as suposições iniciais sejam verdadeiras - as conclusões alcançadas sejam tão válidas quanto qualquer resultado na geometria euclidiana.
Isso é totalmente contrário ao método dos positivistas, um campo que inclui a maioria dos economistas atuais. Na opinião deles, a economia só pode ser científica se ela adotar os procedimentos utilizados pelas ciências naturais. Em termos gerais, os positivistas creem que os economistas devem formular hipóteses cujas deduções sejam testáveis, e então sair coletando dados que meçam a acurácia de suas previsões. Assim, aquelas tendências que obtêm maior êxito nesse sentido passam a ser consideradas "leis" melhores do que aquelas hipóteses que não corresponderam muito bem aos dados.
Contra as impressionantes ferramentas matemáticas utilizadas pela economia convencional, bem como seu vasto orçamento gasto com coleta de dados, os misesianos humildemente insistem que a economia deve partir da premissa de que os humanos agem. Esse axioma da ação é o núcleo da "praxeologia" (praxis = ação; logia = ciência), o termo utilizado por Mises para a ciência da ação humana. Os misesianos argumentam que todas as verdadeiras leis econômicas podem ser derivadas desse simples axioma (algumas vezes com suposições adicionais sobre o mundo, como o fato de que a mão-de-obra impõe custos).
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Tradução de Leandro Roque.
Leia o texto completo em Instituto Ludwig von Mises Brasil
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