quarta-feira, 21 de março de 2012

Rodrigo Constantino - A falácia do polilogismo

Claro que alguns homens podem pensar de forma mais profunda e refinada que outros, assim como algumas pessoas não conseguem compreender um processo de inferência em longas cadeias de pensamento dedutivo. Mas isso não nega a estrutura lógica uniforme. Mises cita como exemplo alguém que pode contar apenas até três, lembrando que mesmo assim sua contagem, até seu limite, não difere daquela feita por Gauss ou Laplace. É justamente porque todos consideram este fato inquestionável que os homens entram em discussões, trocam idéias ou escrevem livros. Seria simplesmente impossível uma cooperação intelectual entre os indivíduos sem isso. Os homens tentam provar ou refutar argumentos porque compreendem que as pessoas utilizam a mesma estrutura lógica. Qualquer povo existente reconhece a diferença entre afirmação e negação, pode entender que A não pode ser, ao mesmo tempo, o contrário de A.

No entanto, apesar desse fato ser bastante evidente, ele foi contestado por Marx e pelos marxistas, entre eles o "filósofo proletário" Dietzgen. Para eles, o pensamento é determinado pela classe social da pessoa, e o pensamento não produz verdades, mas ideologias. Para os marxistas, os pensamentos não passam de um disfarce para os interesses egoístas da classe social a qual esse pensador pertence. Nesse contexto, seria inútil discutir qualquer coisa com pessoas de outra classe social. O que se segue disso é que as "ideologias não precisam ser refutadas por meio do raciocínio discursivo; elas devem ser desmascaradas através da denúncia da posição da classe, a origem social de seus autores". Se uma teoria científica é revelada por um burguês, o marxista não precisa atacar seus méritos. Basta ele denunciar a origem burguesa do cientista
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Leia o artigo na íntegra em: Instituto Ludwig von Mises Brasil

4 comentários:

barlavento disse...

Me desculpe Getúlio, mas este Constantino sempre renova seu repertório de besteirol quando tenta atacar o pensamento de Marx.... Lamentável e triste saber que ainda tem gente que aceita tanta estupidez.

Ps. recentemente o tal mostrou sua 'perspicácia' num debate denominado Hayek vs. Keynes [youtube], onde fez um discurso simplista [como sempre...] ao explicar a tal TACE [ver meu post: http://meusfaqs.blogspot.com.br/2012/02/ciclos-economicos.html], totalmente descontextualizado e focado somente em atacar os outros participantes [não os defendo também, mas convenhamos....] do debate com comparações tolas e desnecessárias....

Unknown disse...

Bem... ninguém é perfeito. Mas acho esse texto bom... não quer dizer que eu endosse tudo o que o Constantino diz... mesmo porque ele tem certas fraquezas políticas (uma certa simpatia por um partido social-democrata) que eu lastimo.

obrigado pela visita, meu caro. abraço. Espero que possamos continuar nossas discussões qualquer dia desses.

Anônimo disse...

Barlavento atacou Constantino simplesmente afirmando que "renova seu repertório de besteirol", contudo não opõe qualquer argumento para fundfamentar sua afirmação. Logo, não é dificil perceber que trata-se de mera antipatia talvez por conta de gurus que sempre falam tudo certo na visão dos discipulos.

Enfim, ecce homo!

Por outro lado Rodrigo também costuma atacar o que certo guru fala embora ambos tanto falem bobagens quanto excelentes pensamentos. No caso o Rodrigo não renovou seu repertorio de besteirol, mas o Barlavento insitiu em seu próprio besteirol não renovado.

Abs
Pedro

Unknown disse...

"Rodrigo não renovou seu repertorio de besteirol, mas o Barlavento insistiu em seu próprio besteirol não renovado."

Exatamente, Pedro. Infelizmente é o estado em que chegamos de discussão, o que só confirma que as pessoas hoje sofrem de sérias patologias intelectuais.

Obrigado pela visita, pelo comentário. Seja sempre bem vindo!