Abaixo um excelente artigo do prof. Fabio Barbieri sobre a epistemologia das ciências sociais, tendo como base as posições antagônicas dos irmãos von Mises.
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Richard von Mises |
Poucos lugares presenciaram tantas
contribuições à ciência, filosofia e artes como Viena no final do século XIX e
início do século XX. Ao contrário da maioria dos centros culturais, a
relativamente pequena elite responsável por esse florescimento não era formada
por comunidades dispersas de especialistas, mas por intelectuais que se
interessavam pelas novidades em todos os fronts
culturais — e as debatiam entusiasticamente nos famosos cafés da capital do
Império Austro-Húngaro.
Esse fenômeno permitiu o
desenvolvimento de um passatempo intelectual moderno: traçar as relações
pessoais entre grandes figuras do período. Considere uma pequena amostra dessa
atividade: Popper se tornou amigo de Hayek, que era primo de Wittgestein. Mises
era colega de escola de Hans Kelsen. Freud atendeu Gustav Mahler. A esposa
deste, Alma Mahler, depois de flertar na juventude com Gustav Klint, após a
morte do compositor foi sucessivamente esposa do famoso arquiteto Walter
Gropius e do escritor Franz Werfel, além do romance que desenvolveu com o
pintor Oskar Kokoschka.
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Ludwig von Mises |
A riqueza da cultura do império
austro-húngaro poderia ainda dar origem a outro passatempo: explorar as
diferenças de opinião, muitas vezes radicais, entre dois irmãos famosos. Poderíamos
analisar as diferenças entre as ideias socialistas do jurista Anton Menger e as
ideias liberais de seu irmão, o economista Carl
. Na
esfera política, seria interessante ainda contrapor o liberalismo de Michael
Polanyi com o socialismo de seu irmão Karl. Neste artigo, trataremos das
irreconciliáveis opiniões a respeito da metodologia das ciências sociais
esposadas pelos irmãos Ludwig e Richard von Mises.
Texto completo em:
Instituto Ludwig von Mises Brasil.
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