sexta-feira, 22 de março de 2013

Nós não precisamos disso: Comissão de Direitos Humanos!

O dito cujo pastor Feliciano
Muito se tem dito sobre o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. Todo um alvoroço está sendo feito para que o sujeito, que é pastor evangélico, renuncie ao cargo. Dizem que suas opiniões sobre negros, homossexuais, enfim, as minorias, são incompatíveis com o cargo. 

Nessa percepção, há uma ideia implícita bastante interessante: de que a Comissão de Direitos Humanos e Minorias existe para favorecer as minorias. 

Isso significa, de fato, que, não bastasse o lobby das organizações feministas, de homossexuais, negros, indígenas, etc., atuando no Parlamento, o próprio Parlamento institucionalizou esse lobby de tal modo que os integrantes dessa Comissão, e mais ainda seu presidente, não devem ter somente o interesse em discutir projetos relacionados às chamadas minorias sociais, mas deve ter, a priori, uma posição favorável a todo e qualquer privilégio que essas organizações queiram alcançar às custas do restante da sociedade. De preferência, essa comissão deveria, na visão dessas organizações obscuras, ser integrada exclusivamente por representantes das mesmas e não por representantes do povo brasileiro. 

Isso nos leva a uma segunda questão. Os cartazes do tipo "sou isso ou aquilo e Feliciano não me representa". Isso mostra perfeitamente que a noção de "representação política" presente na atual Constituição nunca foi entendida ou aceita pelas pessoas; que, em geral, o brasileiro não entende o sistema da democracia representativa, pois nesse sistema o mandato concedido aos parlamentares não vincula a opinião desses aos dos seus eleitores e, menos ainda, à "opinião pública".

O que nos faz voltar ao problema do lobby das minorias e sua necessária incoerência: se alegam que o tal pastor não possui legitimidade política porque contraria a opinião das pessoas, o que dizer dos deputados gay, feministas ou racialistas, cujas posições contrariam a opinião de quase a totalidade dos brasileiros?

O que distingue um lobby de um movimento político é justamente isso: o lobby fará de tudo para fazer prevalecer sua posição, mesmo que isso signifique contestar a própria natureza do sistema político; ele não precisa ser coerente ou racional: para ele o querer, o poder e o dever são uma única e mesma coisas. Daí a preocupante situação do nosso Parlamento.

A pergunta relevante a ser feita seria: Nós precisamos de uma Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara?

Não, nós não precisamos disso!

PS: O Instituto Ludwig von Mises Brasil publicou hoje um artigo muito interessante de Thomas Sowell sobre   o discurso racialistas das elites intelectuais, mas que se aplica a todas as chamadas minorias sociais. Vale a penas conferir uma abordagem séria e sóbria dessas questões, pra variar um pouco. 

Um comentário:

Anônimo disse...

Este texto rançoso, transbordante de ignorância histórica e de conformidade ao status quo, é uma vergonha a todos nós do campo da Filosofia. Lamentável.