Mas a teoria do valor-trabalho é apenas uma parte do marxismo. E quanto ao resto do sistema? É aqui que se faz necessário analisar a obra do maior e melhor aluno de Böhm-Bawerk, Ludwig von Mises, cuja análise devastadora do marxismo é de inigualável excelência. Sua contribuição à crítica do marxismo é encontrada principalmente em dois de seus livros:
Socialismo e
Teoria e História.
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Mises, mais vigorosamente do que qualquer outro crítico de Marx, transpôs e descortinou a essência dessa visão falaciosa. Se todo o pensamento sobre questões sociais e econômicas se baseia na questão social, o que dizer sobre o próprio sistema marxista? Se, como Marx orgulhosamente proclamava, sua intenção era explicar para a classe operária sua condição de espoliada, por que então qualquer uma de suas visões deveria ser aceita como verdadeira? Mises corretamente apontou que a visão de Marx era autorefutável: se todo pensamento social é ideológico, então a proposição marxista é em si ideológica, o que faz com que seus fundamentos já nasçam naturalmente solapados. Em sua obra
Teorias Sobre a Mais-Valia, Marx não consegue conter seu escárnio em relação à "apologética" de vários economistas burgueses. Ele não percebeu que, ao escarnecer constantemente a tendenciosidade de seus economistas contemporâneos, ele estava cavando a sepultura de seu enorme trabalho de propaganda em favor do proletariado.
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