Como historiador,
escreveu a História da Índia Inglesa, que na época obteve grande sucesso.
Em economia, foi basicamente
um ricardiano. Seus Elementos de Economia Política defendem a teoria do valor-trabalho
e lançam a ideia de "incremento imerecido" do valor das propriedades,
o qual poderia ser justamente tributado.
É, contudo, no
campo da filosofia política que James Mill ainda mantém alguma notoriedade. Em
seu Ensaio sobre o governo, defendeu a democracia representativa contra a
monarquia e a aristocracia.
O argumento
principal de Mill, coerente com sua visão ricardiana, se assenta na função do
trabalho. O governo representativo seria ideal por minimizar, ao mesmo tempo, o
risco da subtração do trabalho por outrem e o tempo necessário a tomar as
decisões de interesse comum.
Mill acaba por
oferecer uma versão digamos trabalhista do princípio da má natureza humana de
Hobbes. Segundo ele, como o trabalho é um mal para o indivíduo, mas uma necessidade
para o seu bem estar, se possível cada indivíduo quererá viver do trabalho do
outro. De modo que, a natureza humana guia os indivíduos para a agressão.
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